9 de fevereiro de 2012

A carta que nunca lerás #5

Imagem retirada da Internet

Acordei triste. Fiquei lembrando as manhãs em que ficavas esperando eu abrir meus olhos, para me dizeres com esse teu doce sorriso um melodioso “Bom dia Amor”. O cenário continua o mesmo, é a mesma cama, os mesmos lençóis, a mesma decoração, o mesmo cheiro, até a tua roupa continua ali... tudo está igual, como se estivesse à tua espera. É inenarrável falar de saudade porque não há palavras para traduzir a falta que me fazes, meu amor. Este meu coração já não consegue ter luz. Aquela luz que tu acendias quando eu via o teu rosto, quando eu sentia o teu toque, até mesmo quando distantes, me beijavas com o teu olhar. Desde que partiste a escuridão tem tomado conta deste coração. Atordoa-me em tristeza. Causa-me dores insuportáveis. Sabes, passo momentos de desamparo, procurando o sol dos teus olhares, cantando em silêncio baladas que um dia te dediquei. E o mundo lá fora vai vivendo, cada vez mais sem sentimentos, levando-me a constatar que não pertenço a este mundo. Será que devo morrer para ir ter contigo?

8 comentários:

  1. São os momentos de maior agonia, aqueles em que nos consome a dor da perda de alguém, sabendo bem que quem nos mata nunca o saberá verdadeiramente.
    Um texto perfeito*

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  2. Bonito mas triste.
    Todo o poeta consegue embelezar a tristeza...
    Bjs

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  3. O vosso reencontro, junto dos anjos, será perfeito e então o vosso amor será eterno!
    É lindo ver que depois da separação física, continuas a manter acesa a chama desse amor e onde quer que a tua amada esteja, certamente estará feliz, por saber que vive contigo na lembrança.
    Beijos***

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  4. Tão bonita esta carta. Concordo com as palavras da Rita Freitas "Todo o poeta consegue embelezar a tristeza."

    Beijinhos

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  5. que o vosso reencontro seja tão bonito quando esta carta e que, por muito que te doa viver este amor sem ela, consigas viver todos os dias até que a possas avistar, de novo.

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  6. E se partisse...não podia deleitar-me coma estas fabulosas cartas. Abraços

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