9 de fevereiro de 2012

A carta que nunca lerás #5

Imagem retirada da Internet

Acordei triste. Fiquei lembrando as manhãs em que ficavas esperando eu abrir meus olhos, para me dizeres com esse teu doce sorriso um melodioso “Bom dia Amor”. O cenário continua o mesmo, é a mesma cama, os mesmos lençóis, a mesma decoração, o mesmo cheiro, até a tua roupa continua ali... tudo está igual, como se estivesse à tua espera. É inenarrável falar de saudade porque não há palavras para traduzir a falta que me fazes, meu amor. Este meu coração já não consegue ter luz. Aquela luz que tu acendias quando eu via o teu rosto, quando eu sentia o teu toque, até mesmo quando distantes, me beijavas com o teu olhar. Desde que partiste a escuridão tem tomado conta deste coração. Atordoa-me em tristeza. Causa-me dores insuportáveis. Sabes, passo momentos de desamparo, procurando o sol dos teus olhares, cantando em silêncio baladas que um dia te dediquei. E o mundo lá fora vai vivendo, cada vez mais sem sentimentos, levando-me a constatar que não pertenço a este mundo. Será que devo morrer para ir ter contigo?