28 de setembro de 2011

Lamento


Foto retirada da Internet

Lamento o que tornou esta mágoa
Tão forte e tão triste...

Morreu uma parte de mim
Que paralisou meu coração
Pensei para mim ser o fim
De um amor sem razão...

E nesta noite as estrelas fugiram
A Lua amargamente me abandonou
As alegrias de dentro de mim partiram
Porque o supremo do sonho me apagou

Pela noite a tristeza me prende
Choro, embalado pelo vento
E cada lágrima derramada me surpreende
E nem o meu respirar serve de alento

Lamento...

Lamento o tempo, lamento a vida
Que perdeu o secreto encanto
A essência desta alma empobrecida
Que se ofuscou para meu espanto

 * Poema feito em 2002

22 de setembro de 2011

Tu és o Sonho

Foto retirada da Internet



       
           Quando toco na tua face
Num gesto mais que sentido
Sinto um arrepio no coração
Que em minhas lágrimas caídas
Desperta o amor que tenho em mim...
E contigo quero partir
Na esperança e na certeza
Que o momento é o sonho...
E são as sensações que me guiam
Porque não te quero perder!
Preencherás o vazio
Deste meu inferno de poeta
Completarás todo este mundo
Que simplesmente pelo teu olhar
Toca nos mais íntimos sentimentos. 
Descobrirei assim todo prazer sublime
Dessa tremenda força
                    Que nos impele a amar...

* Poema feito no ano 2002

20 de setembro de 2011

Morreu

Foto retirada da Internet
             
          E morreu...
Foi a revolta de um sentimento desviado
Por seres animalescos
Que saltam ferozmente
Nas ruas despidas da cidade.
Sombria noite que se assombrou
Nas horas vagas
De divisões ultra-imaginadas
Pela razão de uma verdade desfeita no sonho.
Os diamantes tornaram-se em pó
Como um corpo de mulher
Numa grande moedora.
E o trovão de medo que caiu
Nas turbinas de desejo
Lá dentro do mundo errado
Foi como um uivar de lobo
Numa noite de Lua Cheia.
Arrepiante sensação de perda
Que se apoderou
De tantas veias por esse mundo,
Como as picadelas de abelha
Na menina do olho.
Dói...
Ele morreu!!!
A luz solar era uma mancha negra
Na manhã inexistente de todas,
Via-se reflexos das estrelas
Na água turva pelo sangue
Daquele triste corpo.                                              
E aquela criança que se banhava 
Numa alegria intensa,
Contradizia com os choros
E suicídios brutais de outros...
Deparou-se um silêncio expectante! 
Nas ravinas obsoletas
Sem nada por esconder,
Nas dunas extensivas
Que carregam os escravos,
Nas tempestades de orvalhos irrequietos
Tudo... porque ele morreu
Naquele quarto onde nasceu e viveu
Onde sentiu todos os sabores da vida
E onde por fim disse ao mundo...
                                            Adeus
Partiu...
Deixou-nos a imagem de um mundo irreal
Sem sabermos onde e porquê... 

* Poema feito no ano 2000.

17 de setembro de 2011

Meu Lindo Poema

Foto retirada da Internet

Queria escrever um poema diferente...
Um poema para além do imaginável
Que fosse mais que um grito...
Algo transcendental... algo exuberante...
Pensei transcrever o núcleo dos meus sonhos
Falar sobre as horas negras que fugiam
Enlouquecidas pela presença
De um louco sentimento.
Falar das noites desconcertantes...
Do incansável desejo de amar...
Mas faltava mais magia!
Queria escrever algo mais louco
Que acordasse o silêncio
Pelo implacável esplendor
De ser simplesmente impressionante.
Tentei então falar de ti...
E realmente percebi que não conseguiria
Fazer um poema diferente
Porque esse poema já existe.
Não são palavras que eu possa escrever.
O teu ser... a tua essência...
É o poema que sonhei criar!
O poema mais deslumbrante...
Com uma simples magia divinal...
Que guardarei com um carinho especial
Na poesia do meu coração.
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Criei este poema talvez em 2002. Quase 10 anos depois, vejo que quase deixei de escrever Poesia. Este ano de 2011 muito pouco escrevi; acho que apenas fiz alguns textos em prosa, e porque comprometi-me a concorrer a um concurso literário. Os últimos anos foram de facto dias negros para a minha escrita, pois quase que a abandonei. Muito pouco material produzi. Espero no entanto, com a criação deste blog, voltar a escrever com alguma regularidade. Espero que a inspiração me visite, pois com ela passo bons momentos.

15 de setembro de 2011

Acordar o Silêncio



Fogo de silêncio nos teus lábios,
E eu calo-me...
A passividade alcança o seu esplendor.
Desejos... é o encanto...
E as mãos se torcem,
As bocas se mordem,
Os corpos se inquietam...
O olhar que se prende ao olhar
Meu no teu, teu no meu...
Que loucura despertou! 
E aquela mútua reciprocidade
Que não temia em acabar
Num silêncio que tudo irradiava,
Foi intensificada por um ruído enigmático
Duma lágrima que de emoção nasceu...
(Ás vezes é preciso acordar o silêncio)
O céu caiu nas nuvens carregadas
E o desejo do fogo á cinza se completou
Ali, ao som duma sonata ao piano,
Num luar de sedução...
Caímos no estado nascente
Da paixão petrificada
Num estupendo e exuberante momento
Que no íntimo explorou todo prazer...

* Foto retirada da Internet 

Depois de algumas "queixas" sobre o blog estar a ser um pouco impessoal, vou começar a dar comentários no fim dos meus textos. Todos os textos cá publicados até agora são muito antigos. O "Tributo" deve ter uns 2 anos... O "Fome" e o "Beija-me" são de 2006. E este foi escrito em 2002. Como o tempo passa!!!

Aproveito para agradecer a todos aqueles que estão a contribuir para dar vida a este blog, que criei para partilhar algo que amo fazer...

13 de setembro de 2011

Beija-me


Beija-me…

O suspiro salivar
Os lábios inquietantes
As palavras afogadas de prazer
Somente beija-me,
Que em teus lábios quero morrer

* Foto retirada da Internet

12 de setembro de 2011

Fome


Deito-me no beiral do sonho
Com uma fome alucinante
Vendo teu retrato,
Sentindo teu cheiro
E ouvindo a nossa música
Que me faz chorar…
Deito-me assim
Com um sentimento de saudade
Neste coração a transbordar.
E esta fome me atormenta
Na recordação daquele beijo
Doce, leve e mágico…
Que custou… o separar-se dos lábios
De tão intenso de magia…
Hoje mordo os lábios sozinho
Com um pouco de emoção dentro de mim,
Com um pouco de ti dentro de mim
Suspirando um abraço, um beijinho
Com esta fome chamada ausência
Do alimento que és tu…

* Foto retirada da Internet

11 de setembro de 2011

Tributo


 
          Hoje celebrarei a tua feminilidade. Enaltecerei essa arte de Ser Mulher. Quero-te, como sempre te quis, mas hoje deixemos o amor carnal descansar dos orgasmos recentes. Deixa-me celebrar o meu culto, minha deusa, neste quarto que será um reino de celebração. As velas já estão acesas; a janela já está aberta para a Lua me inspirar; as almofadas estão prontas desejando roçar no teu corpo e a música que ouves te convida a entrar… uma música mística e suave… tal como desejo serem os momentos desta noite. Vem, deixa-me tirar cada peça de roupa que cobre esse monumento que é o teu corpo. Meus olhos colam-se nos teus enquanto calmamente retiro toda a tua roupa, peça a peça, beijando-te com minha respiração.
        Descontrai-te, esvazia a tua mente e sente a liberdade ilimitada, deixa a música fluir, e agora que tua pele está descoberta, deixa-me adorar-te. Deixa-me apreciar o teu corpo; as linhas que fazem de ti essa escultura viva, as curvas que te fazem poderosa, a pele que me impele a tocar. E toco-te, percorro o teu corpo com minhas mãos sentindo a suavidade da tua pele, apreciando a beleza das tuas formas, as curvas de teus quadris. São toques suaves e profundos que se estendem para além do teu corpo físico. Teus olhos entretanto fecham-se e tuas emoções são libertadas com suspiros relaxantes. Meus lábios começam a beijar teu corpo, nuns húmidos e suaves beijos, percorrendo a tua face, o teu pescoço, os teus seios, a tua barriga… e não desço mais com receio de não conseguir controlar a minha língua. Afasto-me. Abres os teus olhos, observando o meu afastamento. Quero olhar-te de longe. Olho-te com reverência, e reconheço-te como uma Deusa, cheia de força, beleza, sensualidade e sensibilidade. E sorrio. Sorrio, porque esse corpo que prende meu olhar é inteiramente meu.
       Deita-te na cama, deixa-me proporcionar-te uma massagem com um óleo aromático. Vou aromatizar o teu corpo inteiro e quero que sintas o fluxo natural de energia, força e desejo. Meus toques, alternando entre profundos e suaves, levam-te a minha energia que de ti se criou. Minhas mãos dançam ao som da música, em diferentes toques, uns gentis e macios como os de uma pena, outros mais fortes e firmes. Tudo para exaltar-te. Adoro sentir como as diferentes partes do teu corpo respondem ao meu toque. E exploro-te continuamente, massajando-te, estimulando o teu desejo, sentindo as tuas inibições se dissolverem. Peço que te controles. Respira fundo. O momento ainda não acabou. Quero massajar cada pedacinho do teu corpo, quero que sintas as sensações a se espalhar pelas tuas veias, desde o pescoço, passando pelos braços, pela barriga, pelas coxas, pelas costas, pelas nádegas, pelas pernas, até os pés. Quero que te sintas a Deusa que és para mim. Quero que percebas a intensidade deste amor recebendo a minha energia. É tão lindo celebrar-te.
      Agora vamos tomar um banho morno juntos. Quero que continues a te sentir relaxada, deixa-me banhar-te, e continuar a massajar teu corpo sagrado, essa dádiva do divino, pelo qual me encanto. Vejo-te feliz. Sinto-me feliz. A água é cúmplice do desejo criado pela magia corporal. Massajo-te agora com meu próprio corpo, pele com pele… desejo com desejo. Não! Separemos os nossos corpos, hoje não posso explorar todo potencial de êxtase que existe em teu corpo. Hoje quero sentir apenas o lado emocional, espiritual. Vamos para a cama, e deita-te abraçada a mim. Quero que adormeças assim, com essa pele maravilhosa tocando a minha enquanto continuo a acariciar-te.

       Talvez amanhã te ame de outra maneira, e  continue a te fazer feliz…

* Foto retirada da Internet