7 de julho de 2014

A carta que nunca lerás #6



Minha vida,

Custa-me vasculhar-te nas minhas memórias mais profundas, porque a tua ausência continua a lacerar este coração que foi, é, e sempre será teu. Mas preciso vasculhar-te, porque continuo a viver de ti, de nós. Lembrei-me de quando me dizias o quanto me adoravas simplesmente pela maneira como tocavas no meu corpo. Sabes, não era só o teu abraço que era o melhor do mundo. O teu toque também era o melhor do mundo. Às vezes sozinho, deitado entre os nossos lençóis, ainda sinto esse teu toque e quero acreditar que estás ali, que uma parte de ti nunca partiu. E viajo até ao princípio da felicidade. Até ao início de ti. Lembro-me da altura em que nos conhecíamos. De quando dizias que eu era muito para ti. Como eras tão parvinha. Não percebias que valias muito mais do que aquilo que pensavas que valias. Não tinhas noção da mulher maravilhosa que eras, com essa tua simplicidade e genuinidade. Como tenho saudades tuas meu amor, como ainda te amo tanto! Eras um vício saudável e maravilhoso; quanto mais eu te abraçava, mas queria os teus abraços, quanto mais eu te beijava, mais queria os teus beijos, quanto mais eu te olhava, mais eu me encantava. E estas paredes hoje guardam todos os nossos segredos, testemunhas dum amor intemporal, que nem as mais belas palavras conseguem descrever a sua plenitude, o seu esplendor. Sabes querida, na conversa com amigos, falava-se no que se faria se ganhássemos o euromilhões. E pensei para mim… eu já ganhei mais que o euromilhões. Ter-te a amar-me da maneira que me amaste ultrapassa isso. Foram momentos maravilhosos ao teu lado que valem mais que todo o dinheiro do mundo. Por isso quero agradecer-te por me teres feito o homem mais rico do mundo. E porque não há outro sentido na minha vida, digo-te que continuo a amar-te e que para sempre amar-te-ei…

Sem comentários:

Enviar um comentário